Aprendendo.

Demorei uma semana para engolir o dia das mães...está certo que foi especial pra mim, em partes, foi muito especial pensar na revolução que aconteceu em minha vida, em nossas vidas, e me sentir mãe no dia delas pela primeira vez, ainda que poucas pessoas tenham se lembrado disso...
Foi um dia/semana, diga-se de passagem, onde pensei muito nas mães, e o que realmente isso tudo quer dizer, para alguns, só gerar, para outros proteger, mimar, a reaalização de um sonho (daqueles bemmmm egoístas)...e na minha breve experiência, como filha de paimãe, neta de vómãe e filha de mãeausente, sei que não é nada disso.
Sempre me considerei uma pessoa de muita sorte, sorte imensa por ter um pai maravilhosos, desses que não se encontra em toda esquina, amigo, confidente, carinhoso, que sempre me respeitou como pessoa e não me tratou só como filha, ele me ensinou a vida inteira de maneira muito despretensiosa a ser uma boa pessoa, de coração limpo, e gostaria de ter herdado um pouco mais do doce coração que ele possui, tão doce, que vez ou outra alguma formiga teima em rancar-lhe pedaços, e ele tão doce permite e se reconstitui, do alto de sua sabedoria simples e clara (acho que a sabedoria é isso), pai que sempre foi mãe, que me fez ver que gerar é só um detalhe (em alguns casos), que o amor é mais, maior e puro...ao vê-lo tive vontade de ser mãe, aquela que ele é, de criar lembranças tão boas quanto as que ele deixou marcada, com ele aprendi a superar mágoas, com ele percebi que antes de qualquer titulo, mãe, pai, irmão, cada um é cada um e que isso não significa a garantia de amor e aceitação, aprendi a amar quem me ama, com meu paimãe entendi que as pessoas nascem sim com um propósito, aprendi a ser mãe.