segunda-feira, 27 de junho de 2011

38 semanas e a despedida.


Ufa!!! maratona chegando ao fim, não sei se é ufa, ou dorzinha de despedida, a gente se acostuma com a barriga, com as mexidinhas durante o dia, super mexidinhas, me acostumei com as noites picadas, picadas pelos xixis, até dormir do lado esquerdo me acostumei,( pra quem não sabe, é o melhor lado para oxigenação do baby e da mama também), ainda não caiu a ficha que daqui a pouco, pouquissimo tempo, diga-se de passagem, o barrigão vai pros braços, e poderei deitar de bruços, ai que saudade... dormir do lado direito sem encucar, andar de carro sem soltar meus AIS a cada buraco, não caiu a ficha que daqui a pouco ele estará aqui, do lado de fora, respirando por si só, daqui a pouco...
Há quem diga que rola uma certa nostalgia, um luto mesmo, pela barriga, há quem diga que isso é bobagem, afinal terei minhas mãos ocupadas por um bom tempo, não só as mãos, olhos e coração, daqui até a eternidade...qual dos dois, não sei, nem me arrisco, mas de qualquer maneira, daqui a pouco vou descobrir.

sábado, 25 de junho de 2011

37 semanas e virei mulher bomba.


Grávida vira mulher bomba né não?, estranho como as pessoas te olham de canto de olho, nessa altura do campeonato,além dos clássicos palpites seca pimenteira, agora de bônus, ganho preocupações sem lógica, sair a noite é quase pecado capital, meus ouvidos já vão preparados para os bombardeios de perguntas que são respondidas de maneira seca e dissimulada..."Quando nesce hein?!!!..."Logo!","'tá ai ainda?"..." Prá você vê", e assim por diante...fazer faxina, ahhh quase escondida, caminhada entãooo, meu deus, parece que cuspi na cruz, atravessar a rua se tornou obra de mestre, quando acompanhada, minha irmã mesmo, quase foi atropelada preocupada com meu desempenho na faixa de pedestre, parece que estou prestes a explodir, ao menos é o que pensam.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

36 semanas e a vida sem o aspirador de pó.


A tal da síndrome do arrumar o ninho me pegou de vez, sempre fui maniatica por arrumação e limpeza, coisa que lutei por anos, mas agora deixo dar as crises de pitis e ligo o aspirador de pó sem receios.
Desde que engravidei, fiz uma lista (ridícula, mas incontrolável), de coisas pra fazer antes do nascimento do Gael, desde pintura nova pra casa, lembrancinhas, cortinas novas etcetcetc...e ali, mês após mês me vi riscando o que conseguimos e vez ou outra acrescentando um item a mais, mas devo assumir que na última semana surtei geral, vi que 3 dos 500 mil itens vão ficar pra trás, e como vão...quis chorar de raiva, deu comichão só de olhar 3 míseros itens e ter a certeza que não serão concluidos, depois de sentar, respirar e analisar tamanho piti por tão pouco, deu vergonha e medo...imaginei que a vida vai mudar depois de um pimpolho correndo e pegando tudo o que ver pela frente,sim, depois de um filho as coisas mudam, é o quedizem as tias, vizinhas e avós, "você acha que vai manter a casa limpinha desse jeito?" nunca me senti amélia, na verdade sempre gostei desse termo (que já foi o tempo de soar preconceituoso), sempre adorei limpar, ajeitar, perfumar e colorir minha casa, aliás, isso me acalma pra cacete, ligar o aspirador e vrupt... deixar a brilhar, e depois do piti master senti uma dor no peito, a certeza de que as coisas vão mudar pouco em breve, acho que as listinhas farão menos sentido, e os cisquinhos no tapete vão me dar uma trégua, acho que no fundo me bateu até um certo alivio...só assim pra me libertar do aspirador de pó.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

35


Do alto de nossas 35 semanas, percebi que não escrevo mais poesias.
A vida anda tão, tão doce, que a poesia já está ali, quietinha, calma, junto.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

34


As coisas começaram a tomar forma, na verdade a tempos começou, mas a realidade é que é devagar que as fichas caem, é aquele friozinho na barriga quando olho pra barriga, que desenha seus contornos de maneira tão perfeita, posso jurar que vejo seus bracinhos, joelhos e pezinhos saracutiando por aqui.
O tempo, que antes era meu arquiinimigo (já que sou a ânsia em pessoa, ou pelo menos era), se tornou amigo, resolvemos nos dar uma trégua, levantei bandeira branca, hoje ele me leva ao seu encontro, filho, e acho que a chave dessa mudança foi o AMOR.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Perdendo a classe.


Não consigo entender algumas coisas da vida, coisas simples, ou pelo menos era pra ser, na verdade, estou meio as tampas com isso tudo.
Palpites demais, exigências demais, minha vida parece estar a escapar por entre os dedos, a graça começou quando Gael foi anunciado, a partir dai, as pessoas já se nomearam avós, avôs, titias,e a puta que pariu, se esqueceram apenas que antes disso tudo vem a mãe!!!!!aos poucos, as pessoas se esquecem que o bebê que está a caminho, tem uma familia, e essa, até então, composta por papai e mamãe, está se formando, aos poucos, com calma, com muito amor, e loucos por PRIVACIDADE, ajuda se pede, dicas se pede, palpites dispenso com fervor e palavrões na ponta da língua!
A barriga se torna de maneira bizarra algo ( quase ) público ( até já falei sobre isso por aqui, é que tá fo$#!), já que as mãos, dos parentes e até de desconhecidos, teimam em alisar, apertar, segurar a dita, coisa chata! e ai, a dona da barriga em questão,passa por chata, ao dar um piti com educação, sempre com educação...epaepaepa...as perguntas mais intromisivas já foram a tempos lançadas, sobre alimentação (mamãe é vegetariana),e daí se não quero que meu filho coma carne?, sobre o parto, sobre açucar, sobre lugar oonde vamos ficar hospedados logo após o nascimento (tipo, minha casa?!), visitas no dia do nascimento, afff, avisar a familia inteira que estou em trabalho de parto (claro, claro, quem sabe aquele parente chato possa segurar a palcenta!)...e coisas que cabem a mim e maridón decidir, por deus, aonde enfiaram o bom senso? Vez ou outra desconfio que no mesmo lugar do respeito...Que Deus me ajude, porque desconfio que vou perder a classe hahaha.