quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Presença.

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E essa semana tive que escutar que passou da hora de colocar meu filho, 1 ano e 2 meses na creche!!! E que devo voltar trabalhar!!! Aonde já se viu!!!
O melhor da história? Escutei de um mãe!
Dado que temos nosso próprio negócio, que graças a Deus não existe necessidade financeira para isso, que me programei pra engravidar, que sou mãe fulltime com prazer, que amamento meu filho com prazer... cabe um belo Fod#$%¨-se a fulana que nesse comentário ridiculo, mostrou o quanto participou da vida de seu filho, parei pra pensar..


E ai que existem alguns tipos de mães, na verdade, tipos de pessoas, e algumas dessas infelizmente ou não se tornam mães...ficou vago? Vamos as explicações.

Existem pessoas que es preocupam com as outras, que tem idéias, ideais e bandeiras, e as sustentam, defendem com unhas e dentes, vão a luta, são humanas, curiosas e alguma coisa dentro delas não se contenta com a maoiria, com as convenções sociais, com padrões, essas querem o melhor e não o minimo.
Quando mães, sãe tachadas de chatas, claro, vão nadando contra a maré, são dificeis de enrolar, buscam a qualidade de vida para seus filhos, baseadas na naturalidade das coisas e não na necessidade e caprichos dos adultos, na maioria das vezes dos próprios pais ou avós...
São tachadaos de radicais, clarooooo, sabem o que querem, sabem no que acreditam e buscam humanizar todas as fases do crescimento de seus filhos, dão a luz de maneira natural, se informam a respeito da alimentação, sabem que fases existem, e em algumas delas, somos e estaremos em segndo plano, priorizam sim as necessidades de sua cria,
São tachados de super protetoras, afinal, dão colo, carinho, pele, acreditam que amor não estraga ninguém, compartilham sua cama e sem dúvida nenhuma sua vida com aquele pequeno ser.
São pessoas que sabem do peso da sua presença, que sabe do impacto de suas palavras, ações, pensamentos, são mães plantando recordações.

Existe um outro tipo de pessoa que quando se torna mãe, acredita cegamente que o pequeno que chegou tem que se adaptar a todo custo a vida aqui fora, na hora que ela decide é claro,
Ela está e sempre estará em primeiro plano, e o resto do mundo atendendo seus caprichos e necessidades, muitas vezes mesquinhas e frivolas, são mulheres ativas, que trabalham fora, afinal, criança tem que se acostumar ficar longe da mãe, senão fica mimada, e tem mais, criança tem que socializar!!! (morro quando escuto isso, principalemente se a criança em questão, é um bebê de 1 ano!),criança também tem que dormir sozinha em seu bercinho a noite toda, e se não acontecer, saca seu livro , a la Nana Neném e buuummmm, adestra o pobrezinho, começou a chorar enfia logo uma chupeta em sua boca, calando, mamar? Nan, é obvio, peito caido jamais vai combinar com uma mulher assim, babá de branco é cool, berçario então...ó céus, o sonho, afinal legal mesmo é ter um filho para ele carregar seu sobrenome, e claro poder exibir a sociedade!
Infelizmente esse é o tipo que mais vejo por ai.
Se uma é melhor mãe do que a outra? Não me cabe julgar, mas muita diferença se dá a relação que cada tipo estabelece com seus filhos.

Ser mãe não é pra ser doído, é uma dádiva, com seus altos e baixos, cansaço sim, de vez enquando noites mal dormidas, mas a alegria e responsabilidade que temos junto aos pequenos que nos foram confiados é muito grande, a partir do momento que nascemos mãe, nascemos educadoras, espelho, e diga-se de passagem , 24 horas por dia!!!!!!
Vejo mães, que hoje são senhoras, eu diria, cobrando amor de filho, cobrando presença e precisando gritar aos 7 ventos o quanto foram boas mães!!! Claro, precisam se autoafirmar para acreditarem um pouquinho, se foram boas ou não, isso não me cabe, mas uma coisa é certa, não foram presentes.

Ver e fazer parte do desenvolvimento de nossos filhos é o minimo, nunca na história da humanidade ficamos tão distantes dessa realidade, fêmeas longes de suas crias, confiando e entregando a terceiros seus filhos, crianças que vão para berçários aos 5 meses, que não são amamentandas, acalentadas, cuidadas por suas mães, crianças que crescem sem espelho, sem referência, sem lembranças, ao menos, boas lembranças, que passam 12 horas na escola, isso com menos de 1 ano, e tem que se contentar com mil te amos antes de dormir e quartos cheios de brinquedos, como se isso fosse suprir a ausência, crescem? sobrevivem? Sim!!!! Crianças são muito fortes, vão sobreviver, mas isso é o minimo né? A custo do que?

O mundo não acaba quando um filho nasce, tudo vai permanecer em seus lugares, precisamos respeitar as fases, trabalho, balada, seja lá o que for te colocar longe da entrega da maternidade pode esperar, se uma mulher não pode se entregar, se doar pelo menos ( menomenos!!!) nos 2 primeiros anos de vida de seu filho, deveria repensar o porque ter um filho!!! Hoje temos muitas maneiras de previnir uma gravidez, que previna!!! Pois as crianças de hoje serão os adultos que vão tocar esse mundão amanhã , temos pelo menos deixar pessoas do bem, que saibam o que é AMOR, que tenham vivido isso.
Filho é do mundo!!!! e assim, devemos fazer parte de suas vidas, para que possam voar livres, e voltarem por si próprios, pelas doces lembraças que deixamos.

(Agradeço a minha mãe (e meu pai), que nunca trocou um palavra se quer sobre como ser mãe, mas me mostrou como se faz)

3 comentários:

  1. oi Augusta! Quanto tempo! :)

    Li seu post e acho que ele tras pontos muito interessantes. Acho que o primeiro passo de ser mãe é sim, se doar. Mas não concordo com o ponto que vc trouxe de que, se vc não puder se dedicar 100% a ser mãe por pelo menos os 2 primeiros anos do seu filho, que não os tenha. Te explico minha situação, só pra ilustrar: Moro fora do Brasil. Sustento não só os meus pais como o meu marido, que não tem emprego fixo. Minha carreira está muito mais solidificada que a dele e portanto, o ganha-pão vem todo do meu lado. Ele fica com a Clarice, o que faz com que não precisemos de creche. Mas e se amanhã ele arrumar um emprego que o ajude na carreira e valha a pena? Eu não poderia abrir mão do meu emprego tão cedo, meu marido já não é nenhuma criança e não queríamos esperar muito (fator idade do lado dele). Por outro lado, minha mãe sempre foi dona de casa e sempre cuidou de mim e da minha irmã. E por que ela ficou em casa eu fui excelentemente criada por ela? NÃO. As vezes eu achava melhor que ela tivesse um emprego ou algo mais a fazer, pra poder ser uma mãe melhor o resto do tempo.
    Acho que a questão toda mora no o que cada um tem pra dar. Dizer que só quem não trabalha, se dedica ao filho 100%, compartilha cama, amamenta até o filho não querer mais e por aí a fora eu acho um pouco demais. Eu confio no caminho do meio, aonde SIM, a mãe perde o foco, perde o primeiro plano, perde sono, perde tônus muscular mas ganha vida, ganha felicidade, ganha tempo de qualidade com o filho quando está com ele. Cada caso é um caso e as pessoas são diferentes. E VIVA a diferença!

    Beijão

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  2. Isso mesmo Val, conheço mães que ficam em casa o dia todo, mas não estão lá...o fato não é deixar a carreira profissional, a vida de lado, e sim, saber o tempo de cada coisa, prioridades, cada um tem a sua, esse ponto de visto é o meu humilde ponto de vista, nunca a verdade absoluta, cada mãe conhece e sabe de sua cria, sabe onde o calo aperta, né...
    Alguns pontos podem parecer extremista, talvez até o sejam, o caminho do meio é o lindo e florido caminho, mas algumas coisas na minha cabeça são claras, se doar é se entregar, ser mãe pra mim é isso, e quando uma mulher não consegue fazer isso, ou não se sente feliz ao se tornar mãe, ela deveria sim pensar quais os motivos que a leva a ter um filho, minha critica talvez, não seja ás mulheres que não exercem sua maternidade, e sim a sociedade que nos impõe, sem ressalvas que mulher temmm que ser mãe, nesse balaio, caem algumas que não sentem isso de verdade, e ai, quem leva, sem dúvida nenhuma, são os filhos, filhos terceirizados, sem contato, sem estrutura familiar...é assunto para um novo post hahahah.
    Cada caso é um caso sim!

    bjus

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  3. Sou sua fã Fabi!!! Apavorando sempre!!! Besos!

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